No último dia 2 de agosto ocorreu no centro de convenções Riocentro, no Rio de Janeiro, a cerimônia de premiação dos medalhistas de ouro da OBMEP 2017 (Olimpíada Brasileira de Matemática de Escolas Públicas).
A cerimônia foi realizada durante o ICM (International Congress of Mathematicians), e os alunos receberam a medalha no mesmo local onde quatro matemáticos receberam a Medalha Fields, que é considerada o Nobel da Matemática. A cerimônia contou com a presença de Artur Avila, único brasileiro a ganhar a Medalha Fields, fato que ocorreu em 2014.
Foram premiados com medalha de ouro aproximadamente 500 alunos do Ensino Fundamental e Médio de todo o país. O COTUCA esteve representado por 3 alunos: André Elias Lauer, Heitor Sousa Borges e Pedro Marcos de Vitro (em 13 edições da OBMEP, o Cotuca conquistou, através de seus alunos, 30 medalhas de ouro).
André, que durante todo o período em que estudou no COTUCA participou e foi premiado em várias Olimpíadas, destaca a importância desse tipo de evento:
“Quando cheguei no COTUCA, houve um grande incentivo por parte dos professores para que os alunos participassem de olimpíadas científicas. Eu, particularmente, tomei gosto da ideia e comecei a fazer as olimpíadas de matemática. No começo não obtive muitos resultados, mas com o tempo e dedicação as medalhas foram aparecendo. Para mim, as olimpíadas foram um grande enriquecimento pessoal, onde pude desenvolver um raciocínio crítico e criativo, que são úteis para mim não só em matemática, mas em todos os âmbitos da vida.”
André, Heitor e Pedro ingressaram no COTUCA em 2015. Atualmente, André cursa Engenharia de Produção na USP, mesma universidade onde Heitor cursa Relações Internacionais; já Pedro cursa Engenharia Mecânica na UNICAMP.
Criada em 2005 para estimular o estudo da matemática e identificar talentos na área, a OBMEP tem como objetivos principais:
– Estimular e promover o estudo da Matemática;
– Contribuir para a melhoria da qualidade da educação básica, possibilitando que um maior número de alunos brasileiros possa ter acesso a material didático de qualidade;
– Identificar jovens talentos e incentivar seu ingresso em universidades, nas áreas científicas e tecnológicas;
– Incentivar o aperfeiçoamento dos professores das escolas públicas, contribuindo para a sua valorização profissional;
– Contribuir para a integração das escolas brasileiras com as universidades públicas, os institutos de pesquisa e com as sociedades científicas;
– Promover a inclusão social por meio da difusão do conhecimento.