No dia 4 de Novembro de 2024, o Colégio Técnico de Campinas orgulhosamente sediou um dos eventos do Unicamp Afro 2024: (Com)Ciência e Arte. Com a presença de estudantes, funcionários e professores, as convidadas Profa. Dra. Silvia Maria Santiago, Diretora da Diretoria Executiva de Direitos Humanos da Unicamp (DeDH), e Profa. Dra. Débora Santos, Coordenadora da Comissão Assessora de Diversidade Étnico-racial (Cader), fizeram intervenções potentes e regeneradoras. As docentes destacaram a importância da existência e da realização do Unicamp Afro no seio da Universidade e da comunidade campineira e ressaltaram como tal iniciativa é necessária para a promoção da equidade, da inclusão e de uma diversidade justa e verdadeira nestes espaços. O Unicamp Afro é uma iniciativa da DeDH e da Cader que tem como objetivo criar espaço de diálogo e aprendizado acerca da resistência e fortalecimento da cultura negra e propor práticas antirracistas.
Juntamente com as docentes, estiveram presentes a Diretora Executiva de Educação Básica e Técnica (DEEDUC), Profa. Dra. Cristiane Maria Megid, o Diretor do Cotuca, Dr. Luiz Seabra, a representante do Cotuca na Cader, Profa. Dra. Carolina Molinar Bellocchio, e a representante discente da graduação e membro do Núcleo de Consciência Negra (NCN), Isabella Aparecida Silva. A importância da luta antirracista foi convergente nas falas, assim como o destaque para práticas de confluência entre grupos da comunidade e da Universidade. A criação de território e de quilombos, no sentido de fazer convergir comunidades, discussões e estratégias de resistência e de celebração foram pontos de destaque.
Após a realização da mesa, a cantora e compositora campineira Marília Corrêa fez uma apresentação arrebatadora. Cheia de potência e vigor, Marília presenteou o público com técnica vocal, conhecimento e mobilização da música brasileira a partir de versões únicas e de presença marcante.
O evento foi finalizado com a realização do Papo Preto, roda de conversa proposta pelo Núcleo de Consciência Negra e pelo grupo Negrudos, mediada por Isabella Aparecida e por Gustavo Albuquerque Lima, após a exibição de dois curtas-metragens. Fluxo (2023) e Kbela (2015) foram exibidos para uma sala repleta de estudantes e professores, que ficaram impactados pelas violências materiais e simbólicas representados nos filmes, mas que reconheceram como as práticas de resistência, de afirmação da identidade negra e de reconhecimento da herança e dos saberes ancestrais, além da produção contemporânea da cultura negra, são motores de muita força e vitalidade.
O Unicamp Afro conta com o apoio de diversos órgãos, unidades e coletivos da Unicamp, além de organizações dos movimentos da sociedade civil. Entre os apoiadores estão o Grupo Gestor de Benefícios Sociais da Unicamp (GGBS), a Associação dos Docentes da Unicamp (Adunicamp), o Núcleo de Consciência Negra (NCN), o Movimento Negro Unificado de Campinas (MNU), a Fazenda Roseira e a Casa de Cultura Tainã.
E o Unicamp Afro está apenas começando! Acesse a página do Unicamp Afro na DeDH para conferir toda a programação!
Texto e imagem: Profª. Dra. Carolina Molinar Bellocchio