Na terça-feira, dia 20/06, ocorreu o encontro entre representantes dos coletivos negros, LGBTQIA+s e cristão dos Colégios Técnicos. Em uma visita que selou o diálogo entre alunos do Colégio Técnico de Limeira e do Colégio Técnico de Campinas, foram compartilhadas semelhanças, experiências e conexões. Apesar da distância física e as diferenças entre cursos oferecidos por cada colégio, as experiências, rotinas, angústias e propósitos revelaram a extrema proximidade entre os alunos. Assim, em uma roda de conversa, com a escuta atenta e ativa por parte de cada participante, a comunicação foi fluida e propositiva. As lutas por questões fundamentais como respeito, igualdade de oportunidades e direitos e o senso de pertencimento em relação aos colégios foram colocadas como pontos centrais da roda.
As professoras Heloisa Wistuba e Carolina Bellocchio, respectivamente docentes do Cotil e do Cotuca, e representantes dos colégios Técnicos na Comissão Assessora de Diversidade Étnico-Racial (CADER), instância da Diretoria Executiva de Direitos Humanos da Unicamp, organizaram o encontro a fim de mobilizar a discussão no âmbito dos colégios sobre questões da negritude, das cotas, das diversidades étnica e de gênero, de modo a ouvir da comunidade e saber como, coletivamente, as questões tocam os discentes. Considerando que a Unicamp e os colégios técnicos têm 35% das vagas destinadas aos alunos pretos, pardos e indígenas e 35% para alunos de escola pública, a discussão sobre permanência e pertencimento se faz fundamental e contínua. O professor do Cotil Murilo Tobosa também esteve presente no encontro e reforçou como a resistência, a força e a união dos alunos é central para fortalecer uma comunidade antirracista. As discussões realizadas no primeiro no Cotuca com membros dos coletivos “Tinha que ser Preto”, “Vozes plurais”, “Luzes”, “Voz de Cor” e “UP- Unidos por um propósito”, vão ajudar a guiar as ações futuras de ambos os coletivos, que já planejam se encontrar novamente. Da próxima vez, o encontro ocorrerá no Cotil, no segundo semestre de 2023, fortalecendo os laços e construindo um Cotuca e um Cotil cada vez mais diverso e mais resistente.