No último sábado (11/6) às 16h, o Cotuca realizou uma atividade de lançamento do documentário Freenet. A exibição do filme foi feita no cinema da Casa do Lago da Unicamp, acompanhada de muita pipoca e um bate-papo com especialistas em internet e uma integrante da equipe do filme. Estiveram presentes alunos e ex-alunos do Cotuca, estudantes de graduação e pós-graduação na Unicamp, professores da Unicamp e de outras Universidades da região e público em geral. A atividade foi organizada pelo Observatório da Mídia do Cotuca.
O professor André Pasti afirma que trouxe o documentário para o Cotuca pois ele desperta diversas questões importantes que estão sendo tratadas pelo Observatório da Mídia, “como privacidade, vigilância e liberdade na internet, os direitos humanos na rede e a desigualdade de acesso”. A atividade foi aberta ao público e divulgada para toda a Unicamp. Para Pasti, “é importante promover mais integração entre a comunidade do Cotuca e o restante da Universidade”.
Após a exibição do filme, o bate-papo contou com a presença da jornalista e roteirista do Freenet Marina Pita, que integra o coletivo Intervozes; da geógrafa e pesquisadora de internet Melissa Steda, que possui pesquisas sobre a universalização da internet no território brasileiro e a indústria de softwares nacionais; e de Diogo, do coletivo Saravá, que trabalha com tecnologias livres para comunicação e hospedagem de conteúdo para pessoas, grupos de estudos e movimentos sociais. Após falas dos participantes, foram feitas diversas perguntas pelo público presente.
Segundo a geógrafa Melissa Steda, “o filme é fantástico pois consegue tratar de modo dinâmico dos principais assuntos ligados à Internet hoje, no Brasil e no mundo. A recepção dos estudantes do Cotuca foi ótima e percebe-se que estão muito atentos e interessados em debater esses temas”.
O estudante de Mecatrônica Felix Jou Minowa afirma que gostou muito da oportunidade de assistir o documentário, e ainda mais de ouvir uma parte da história por trás do filme. Júlio Moreira, aluno de Informática, também aprovou a experiência: “foi um dos poucos documentários que realmente me entreteve”. Ele conta, ainda, que um dos temas do bate-papo, o Marco Civil da Internet, foi tema de sua prova de Sociologia nesta semana.
Para Felix, o que mais chamou a atenção foi como o documentário “mostra a situação de algumas pessoas em relação à acessibilidade da rede, onde estas pessoas necessitam dividir custos com vizinhos para poder pagar uma conexão devagar, instável e de péssima qualidade. Não é possível encontrar esses retratos no dia a dia de alguém que vive acima da classe média, pois me parece que eles são ocultados de nossos olhares”, afirma ele.
Giovanna Batalha, estudante de Informática, afirma: “além do filme me fazer refletir sobre diversos problemas que eu nunca tinha pensado, teve o debate, que me fez entrar em contato com as pessoas que já estão tomando iniciativas, o que fixou mais ainda o quão real são esses problemas e como é importante a gente se conscientizar”. Ela também diz ter se divertido muito e sugeriu que, nas próximas ocasiões, o evento ocorra mais cedo, para haver mais tempo para o debate.