Preocupada com a circulação de informações imprecisas sobre as mobilizações ocorridas no campus de Campinas, a Unicamp vem a público esclarecer o seguinte:
A crise econômica vem impactando as contas da Universidade, o que a obriga a rever o seu orçamento anual. A forma de se fazer isso, no exercício da autonomia universitária, é por meio de contingenciamentos, que decorrem da queda de arrecadação de ICMS. Em função disso, tomou-se a decisão, em conjunto com diretores de unidades e da área de saúde, de ajustar as despesas à conjuntura econômica atual.
São infundadas as informações de que haverá congelamento de concursos e de contratação de professores e funcionários. Todos os processos que estavam em andamento continuam vigentes e, portanto, haverá contratação desses profissionais, assim como serão realizados os concursos já programados.
Importante destacar que não há riscos para as atividades de ensino, pesquisa, extensão e de assistência à saúde.
Todos os programas de bolsas de estudos e de apoio à assistência e permanência estudantil mantidos pela Universidade, estão integralmente preservados e, em vários casos, ampliados.
A preservação desses programas de permanência estudantil é pautada por projetos de inclusão que a Unicamp desenvolve e vem ampliando. É bom destacar que na semana passada a reitoria aprovou 86 novas bolsas de auxilio moradia para estudantes carentes que ingressaram na Unicamp neste ano.
A Universidade conta atualmente com um total de 832 vagas gratuitas na moradia estudantil voltadas para estudantes de graduação e pós-graduação. Além disso, aumentou o número de bolsas de auxilio moradia, passando de 310 em 2012, para 791 em 2016. A demanda por moradia estudantil está sendo suprida por meio desses programas. As bolsas de auxílio social aumentaram de 833 em 2012 para 1.450 em 2016. Ainda nesse item, a Unicamp mantém vários outros programas de assistência e permanência estudantil, tais como: subsídio-alimentação, atendimento médico-odontológico, isenção de taxas de vestibular, auxílio-transporte e apoio a atividades extracurriculares. Não houve redução em nenhum dos programas de apoio aos estudantes.
A Unicamp também atua de modo criativo e inovador para ampliar a inclusão social nos cursos de graduação, o que também contempla uma inclusão maior dos candidatos autodeclarados pretos, pardos e indígenas (PPI). Em 2016, a Universidade registrou o ingresso de 47,6% de alunos oriundos da escola pública, o que representa um resultado muito próximo da meta de 50% do total de ingressantes estabelecida para 2017 nos cursos de graduação. Dos 47,6% de alunos oriundos de escolas públicas, 22,4% são autodeclarados pretos, pardos e indígenas. Isso mostra que não foi necessário adotar o sistema de cotas para que os objetivos de inclusão sócio econômica e étnico-raciais fossem atingidos.
Com o objetivo de reduzir o custeio com empresas de prestação de serviços, os órgãos da administração procederão uma revisão dos contratos, sem que isso implique em prejuízo para as atividades de ensino, pesquisa, extensão e assistência à saúde.
A Unicamp reitera a sua atuação responsável no exercício da autonomia universitária, preservando o compromisso de manter a qualidade de suas atividades de ensino, pesquisa e extensão e na assistência à saúde.
A Administração Central da Unicamp discorda da ocupação dos prédios da Universidade como forma de mobilização, pois sempre esteve e continua aberta ao dialogo.
Reitoria da Unicamp
13 de maio de 2016