Ex-aluno do Técnico em Telecomunicações
Tomei conhecimento da existência do COTUCA através de parentes que estudaram aqui. Com o interesse de estudar em um colégio da UNICAMP (que, em minha opinião, é um dos principais “chamarizes” do COTUCA), pesquisei sobre os cursos e o que fazer para ingressar. Vale ressaltar, nessa etapa, o apoio da família que sempre incentivou minha capacitação profissional. Mesmo não entendendo muito sobre as áreas técnicas, opinavam sobre os cursos, mercado de trabalho etc.
O curso Técnico em Telecomunicações chamou a minha atenção por ser um curso que trabalha muito com novas tecnologias e tendências na indústria de telefones celulares e outros dispositivos de comunicação.
Muitos jovens não sabem que curso fazer para entrar no mercado de trabalho. Por isso, vale a busca de informações com familiares, amigos, professores e no site do COTUCA. Por não terem conhecimento sobre o mercado de trabalho, não percebem que um curso técnico no currículo literalmente separa um candidato dos demais em uma entrevista de emprego, por exemplo.
Em um curso técnico, além do conhecimento específico da área escolhida, aprendemos a lidar com diversas situações que vivenciaremos no trabalho: ações rápidas, proatividade, organização, liderança e cooperação. No meu trabalho, é necessário ter conhecimento dos detalhes técnicos dos processos. É preciso saber trabalhar em equipe, discutir e argumentar soluções, pesquisar possibilidades diferentes para atender o cliente.
Considero, também, que o curso técnico pode ser uma boa base para a faculdade, pois é o momento em que você “põe a mão na massa”. Um profissional de nível superior que passou por um curso técnico consegue ter uma visão muito melhor dos problemas envolvidos na hora de escrever um projeto, elaborar ou acompanhar um ensaio, prover uma nova solução ou tecnologia.
No segundo ano, entrei para o exército, mas continuei o curso (na medida do possível). Isso me rendeu um atraso na conclusão do curso, mas não perdi o ano totalmente, além de a experiência militar ter valido muito a pena.
Comecei a trabalhar na área de Telecomunicações durante o último ano do curso, como estagiário no CPqD. Nesse mesmo ano, ganhei uma bolsa de estudos da PUCC (ser um aluno da rede pública fez a diferença neste caso) no curso de Análise de Sistemas. No final daquele ano, esforcei-me para atender a uma demanda da empresa e trabalhei dois meses em campo, em São Paulo. Isso foi muito importante para mim dentro da empresa, pois novas oportunidades surgiram. Passei a trabalhar em laboratório, já como técnico contratado, conciliando faculdade e trabalho. Após três anos em laboratório, passei para outra área e concluí a graduação. Atualmente, trabalho com projetos de automação e iniciei algumas disciplinas de pós-graduação na UNICAMP, como aluno especial.
Vale lembrar que a empresa sempre me valorizou pelos estudos realizados e continua a me apoiar na continuidade de meu aperfeiçoamento.
O cenário de Telecomunicações tem mudado muito desde que entrei no CPqD. Assim como no mundo da tecnologia em geral, a capacidade de comunicação aumentou muito. Há sete anos, não havia tecnologia 3G e Wi-Fi espalhada por todos os cantos. Isso é um bom sinal para o técnico em Telecomunicações, pois ele é beneficiado com a expansão da indústria, que necessita de mão- de- obra qualificada e gera mais empregos.
Filipe Edson da Silveira P. Palma
Ex- aluno do curso Técnico em Telecomunicações do COTUCA